Das possibilidades

Não posso acreditar na impossibilidade

De não poder ser o que sou integralmente

Não me habituo com a palavra "geralmente"

Pois ela põe tudo na generalidade.

Meu livre arbítrio é um tanto quanto arbitrário

Minha liberdade é fortemente controlada

Eu vejo o que querem que eu veja, quando muito

Só vejo o véu e depois dele mais nada.

Sou um ser neutro e sem personalidade

Em uma peça meio desacreditada

Olho pro figurino no meu guarda-roupa

E as minhas roupas não me dizem nada.

Subir em uma montanha e gritar lá de cima

Não sei pra onde ir e nem posso voltar

Embora eu por acaso encontre alguma rima

A minha sina em si é nunca me encontrar.

Faço o possível e isso não é o bastante

O impossível então, nem posso imaginar

Mas variando as várias possibilidades

Eu percebi que já não posso variar.

Deixo de lado o meu monólogo irritante

Tão irritante quanto aquele que o escreveu

Um ser anônimo e insignificante

E acertou que disse que esse era eu!

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 14/05/2013
Código do texto: T4290458
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