Quatro Consoantes e Dez Silabas
Sob a face clara das aguas as fadas dormem tranquilas
Sob as teclas agudas do meu piano declamo seu nome
Sob as cordas finas da lira anjos gritam malicias.
Descanso meu desabafo no braço do meu cavaco.
Nunca se deve magoar uma fada
Nunca se deve tocar pra quem não te ama
Nunca se deve quebrar uma corda de lira.
Retomo meu desabafo.
Volto ao meu quarto sentindo-me um trapo
Choro as mais salgadas lagrimas
Culpas me rasgam o coração e me dilacera a alma.
Á pouco tive uma visão de união
Sonhei com o gosto das uvas e das ruivas
Mas tudo se transformou em dissabor, e o sonho acabou.