assentamento

no tempo das cavalarias

o meu senhor era o tempo

no tempo da ninharia

eu sou do tempo, sua

cela e seu galope

discorro minha pele

e nela, vejo o cordão do

esquecimento.

sinto a

vida se desbrondando

numa estrada de glória

à beira os santos, os

homens certos, e o gradil

que nos separa

dos outros

e do meu passo, cada

vez, forte e largo,

assumo a passado:

a minha existência

construo

do seus barcos

e de seus mortos

um templo

um monumento...

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 12/05/2013
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