Por Onde Ando

Por onde ando,

Já nem sei mais

Nem onde, nem quando

Prá mim, tanto faz

Busco a alegria

Na poesia do dia-a-dia

Da liberdade que me traz

O calor do sol, depois que a lua jaz

Ando entre nuvens de pensamento

Buscando dentro de mim o sentimento

Que um dia se fez presente (mesmo que tormento)

Nem sei mais da alegria ou desalento

Meu caminho sigo

Sozinho comigo

Amigos, meu único abrigo

Afastam-me do inevitável jazigo

Mais nada busco

Pois nada mais há de se buscar

O amor agora é intruso

Aparece pra perturbar...

Mas de ti, o coração vem lembrar

E bate mais forte

Sem ter a sorte

De poder te amar

Sei de teu afeto

A mim partilhado

Mas do sentimento que me afeta

Comigo não é compartilhado

Sigo por assim

Dizer, por aí

Com a dor do ai

Que dói no coraçaõ enfim...

Em teus olhos busquei

Um caminho que não encontrei

Me disseste um dia da amizade

E parei, vendo dessa verdade

Que seria onde só eu chegaria

E que, para minha alegria

Essa de te ver sorrir

Melhor ficar por aqui, do que ver-te partir

Então, ando por aí...

Ando só...

Só eu ando...

Nem sei pra onde ... nem sei quando ...

Apenas ando ...

(Fabrízio Stella - 28/03/2007)