ROSA
Vagarosamente,
vaga a Rosa, em tua mente
Lançando-te olhos famintos
Em pálpebras moles, dementes
Vagarosamente,
Segue o tempo em teu curso
Sobre o caixão solene,
Paira ainda o teu discurso
Foi Rosa, moça faceira,
Dessas de encantar soldado
Das tuas virgens, a primeira
A mais formosa do reinado.
Rosa, menina pura,
Já estava teu peito fadado
A um mal que não se cura:
Ser por um tiro transpassado.