ROSA

Vagarosamente,

vaga a Rosa, em tua mente

Lançando-te olhos famintos

Em pálpebras moles, dementes

Vagarosamente,

Segue o tempo em teu curso

Sobre o caixão solene,

Paira ainda o teu discurso

Foi Rosa, moça faceira,

Dessas de encantar soldado

Das tuas virgens, a primeira

A mais formosa do reinado.

Rosa, menina pura,

Já estava teu peito fadado

A um mal que não se cura:

Ser por um tiro transpassado.

Efêmera Capitu
Enviado por Efêmera Capitu em 12/05/2013
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