POETA EM ECOS
Poeta, tu que primas pelos sentimentos
Expressa-os, libera-os nesse momento
Fazei com que ecoem aos quatro cantos
Tal qual uma rosa dos ventos, teu encanto
Para o norte, teu brado forte
Liberto como uma borboleta
E do beija-flor a mesma leveza
Conservando teu belo porte
Libera-o também para o sul
Preservando teu sonho azul
Como as primícias desse sonho
Que te fazem embalar risonho
Para o leste, emana o que te reveste
Como se fosse um corpo celeste
Reluzindo nesse indo e vindo
A inspiração que no além resplandece
Ao oeste, ah! poeta grita alto não segreda
Para que o sequioso restaure a esperança
De que na tua poesia, se embale a bonança
De ver se dissipar da sua vida a vereda
Depois de aos quatro cantos cantar
Na colateralidade, tua mensagem
Há de ensinar o sentido do verbo amar
Para quem em ti acredita, no Ecos venha poetar.
30/08/2004