Ermo em mim

Eu me inocento.

Nada posso fazer se,

Todo torto como sou, corro:

Corro, pseudoforrest,

Para fronteira cartesiana

De meu senso mais desinteressado.

Um salário mínimo e meio mofo.

Um chute absurdo no vento, desejo de matéria.

Minha substância, um vago.

Engulo, emburrado, meu calmante para loucura

Achando que me cairia

melhor uma dose de teu veneno no capricho

E um carinho de tua boca.

Nada posso fazer:

Aperto minha mão para felicitar-me,

Me anistio.

Welliton Oliveira
Enviado por Welliton Oliveira em 11/05/2013
Código do texto: T4285354
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.