Ermo em mim
Eu me inocento.
Nada posso fazer se,
Todo torto como sou, corro:
Corro, pseudoforrest,
Para fronteira cartesiana
De meu senso mais desinteressado.
Um salário mínimo e meio mofo.
Um chute absurdo no vento, desejo de matéria.
Minha substância, um vago.
Engulo, emburrado, meu calmante para loucura
Achando que me cairia
melhor uma dose de teu veneno no capricho
E um carinho de tua boca.
Nada posso fazer:
Aperto minha mão para felicitar-me,
Me anistio.