minto
e então, eis-me
rasgada em mentiras
cá estou a escrever, poesias
em esquecimento
não caiu tua doce saliva
limbo da palavra minha
se sei, como sei
ludibriar-me com armadilhas
dessa lábia tua
engano-me
permito-me caminhos
em invisíveis trilhas
fio-me
em frestas, em preces
em versos, em restos
em minhas mãos
teço e teço, cega e sem tato
linhas e linhas vazias..