Pelocos
Eu sei que meus poemas são pelocos
São feiinhos, têm cada olho
O pescoço é molenga
A perninha, capenga
O bico aberto, faminto
Pelocos vivem com fome
Dentro do ninho
As asas curtinhas, dois cotoquinhos
Tudo é feio num peloco
Mas um dia
Sem que se note
Voa passarinho