Ecos

Os ecos estão a trepidar por todos os lados,

“Somente o frio aquece o coração dos assassinos”.

Lobos selvagens,

O sangue inocente escorre por teus caninos.

Casas desoladas, por famílias mercenárias.

Sociedade de coração sagaz,

A hipocrisia esconde tua face voraz,

Mas os ecos continuam a clamar:

“Esta é a meretriz das iniquidades,

Que embriaga-nos com o vinho de tuas impunidades”.

A dor da fome escorre pelos olhos dos humildes,

Molhando o manto da nobreza.

Mas o que seria da opulência se não fosse a pobreza?

O injustiçado já não clama, se cala.

Sofre em silencio,

Pois o sofrimento abafara tua fala.