INDEFINIÇÕES
Me dissipo
Nessas indefinições
Que esmaecem
Minha vontade
De descer clandestino
Pelas ruas
Procurando flor e pão
Sem saber
Por quanto tempo
Terei o riso e a vida
Agora
Nenhuma utopia
Anula
Aquele fragmento azul
Que dissemina as metáforas
Que dão sentido
Às coisas sem sentido
Como o nojo e a náusea
Que me alcança
Na paisagem clara do crepúsculo.