Tudo lançado aos peixes
Foi tudo lançado aos peixes
Aos tubarões famintos
Tanto a pele quanto o brilho
Tanto os cabelos
Tanto os olhos de negruras
E castanhos
Tanto o calor entre as coxas
Tanto o doce da saliva
Tanto a alma feita de cantiga
Foi tudo lançado ao mar
E foi afundando
Descendo
Sumindo
E nada mais sei onde está