Minha poesia

A minha poesia,
Não tem rimas,
Nem métricas,
Nem palavras estudadas,
Não obedece normas de gramatica,
A minha poesia,
Vem de dentro ou de fora,
Rompi com as formalidades,
Criei novo estilo,
Faço a arte pela arte,
Quando nasci minha mãe queria chamar-me poesia,
pretensão demasiada,
Ideia esquecida,
Quem me dera,
Tamanha honra.

A minha poesia,
È simples anda descalça,
De pés no chão,
Sente o cheiro da terra molhada,
A luz do luar se embriaga,
Se entrega ao amor,
Sem fazer indagação,
A mão é calejada,
Fina ou aveludada,
se acerca de cantadores,
Trovadores,violinistas,
De repentistas,
De toda forma de expressão,
A minha poesia,
È louca e comportada,
se veste e anda pelada,
Pede passagem,
vai embora,
Acampar entre os letrados e doutores,
Entre sãos e loucos,
Não tem fronteiras,
Que ela não ultrapasse,
Permeia entre a ciencia e a religião,
Tiro o chapéu e ela se envaidece,
O show termina,
Minha poesia no palco permanece,
Tomada pela alucinação,
Grita tão alto,
Que a legião de anjos,
Acodem a escutar,
Ela declama,
Ri, chora,geme,
Depois se acalma,
A luz se apaga,
Ela adormece,
Sonha que está sendo imortalizada,
Na letra da música,
De Chico Buarque,
Que com leveza e sutileza,
Canta com encanto,
A beleza que só a poesia tem.


Polly hundson





 
polly hundson
Enviado por polly hundson em 09/05/2013
Reeditado em 29/08/2022
Código do texto: T4281572
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