QUIMERAS

Embriagado pelo sono
acalentei nos seus sonhos
olvidando dos deveres
e de todos os mandamentos
refazendo os atalhos
para não perder o caminho
no encanto do teu canto
abandonei-me aos teus carinhos
te trazendo para o meu ninho
enebriando-me de amor
esqueci-me dos espinhos...
Escravizado por tua imagem
descortinei meu destino
dei a você a minha alma
sou teu e de mais ninguém.
Me perdi no teu pecado
e nos erros do passado...
amaldiçoei meio mundo
pelos sofrimentos de outrora
sugado pelo velhos tempos
juntei alegrias e lamentos
sem ligar para o que dizem,
perdido por um momento
com os mais lindos pensamentos
caminhei entre as flores
que levadas pelos ventos
são quimeras daqueles tempos
como um barco nas tempestades
Naufragando em alto mar.

© Geraldo de Azevedo