TEU TERNO OLHAR
(Socrate Di Lima)
Poeta, há um perigo no teu olhar,
Há uma loucura na tua boca,
Há um mistério sem revelar,
deixa minha imaginação louca.
Há um bilho rouge carmin,
Na cor do pecado,
E nesse semblante de querubim,
Fico aqui extasiado.
Há então uma juvetude bela,
E um mistério a toda prova,
Que exala de cada janela,
Que o teu olhar o meu olhar renova.
E longe de ti apenas observo,
Sem nada pedir...
Pelos meus pensametos relevo,
O encanto de poder existir.
E se teu olhar mesmo distante,
Com um olhar que jamais olhou,
Vou sentir aqui dentro o prazer de amante,
De um olhar que a primeira vista deixou.
De tudo, ainda, posso me encantar,
No sorriso, um gesto de acarinhar,
Mas, para mim, o mais belo, ainda, posso enxergar,
É a beleza pura do teu terno olhar.
Este poema eu o fiz pra ti poeta.
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