SÃO PAULO
Respiro a fumaça das chaminés
Que se Mistura com a garoa fina
Enquanto o vândalo extermina
Os mendigos da praça da sé
Sinto cheiro de progresso no ar
Na margem de um leito putrefato
As rodovias são meu sangue a circular
E No congestionamento eu infarto.
A cidade é um moinho de vento
Triturando os homens de bem
Sancho pança montado no jumento
Vem do norte virar lingüiça também.