NOITE ESCURA

 

No véu negro que cobre

A noite sem luar,

Mergulho os meus sonhos

Os meus dias outrora risonhos;

 

Mergulho as minhas fantasias

A minha busca de mim,

As minhas quedas constantes,

E os versos que de mim brotam...

 

Renascidos do sepulcro do passado.

Com os olhos ainda molhados,

Mas no peito pulsando um coração

Que vive do brilho das estrelas;

 

E da nostalgia que trazem as noites sem luar

E dão esperança ao coração amargurado,

Donde emergem as promessas,

Os sonhos vetados...

 

Mas que ainda respiram!

E são alimentados com fragmentos

De um amor mal acabado

À espera de um último suspiro.