retorno
teu rosto no tempo
é furo e batalha
teus olhos nos olhos
da noite, escuta os vaga-lumes;
e dá asa a descida entropia e
a pele que tambor é calundu
temporal
seria tu,
o deserto livre e infinito
o fedegoso que cura, a argila
que se move
o rio largo, o mar profundo
e cálido; um poema trova
ou somos juntos gafanhotos
roendo o fundo
de uma vida estragada?
(da garganta de saturno
o vômito, uma nova safra)