garganta de saturno
teu rosto no tempo
é furo e solidão..
teus olhos nos olhos
da noite, escuta os vaga-lumes;
e dá asa a descida entropia
seria tu,
o deserto seco
o fedegoso que cura
o rio largo, o mar profundo
e cálido;
ou somos juntos gafanhotos
roendo um fruto estradado
da garganta de cronus
o vômito de uma nova safra