Pecado Capital
A carne é fraca/
A dor oculta/
A voz que não sai por minha ou sua culpa?...
Aprendi a dizer sim,
Quando deveria dizer não.
Em toda essa situação,
Hoje me dou conta;
Que me deste escola para não estudar;
Que me deste cultura para não procurar;
Que deste benefícios para não enxergar.
Eu quero para o meu filho,
O direito de reivindicar aquela juventude,
Que morreu na terra bruta sonhando um país para edificar.
Onde a voz não fosse usada apenas para ser ouvida;
Onde nós por todo o direito,
Tivéssemos o justo respeito.
Agora vejo que pecamos bebendo e pensando,
Que os homens feitos falam pela coletividade.
Se quer saem dos seus aposentos.
Contam os seus metais, vestem as suas roupas,
Andam em seus carros e bancam suas festas,
Sem se preocupar com o depois.
Lá na esquina um assalariado é assaltado e morto;
A dona de casa tem sua filha aliciada;
Sua casa invadida pela água, o seu filho viciado dorme no esgoto ,
Enquanto o seu vizinho sofre do mesmo mal.
Assim se repetem os erros e não se faz além do que se deve para mudar.
Veneno ou cicuta para seguir nos dias?
Morte ou sofrimento para se salvar?
A dose certa está na palavra da alma,
Mas infeliz do homem que ainda crer em outro homem.