CLAMOR À ESPERANÇA

Êta, ah quanto não escrevo!

Deixei de Mão meu dom precioso.

Também, Triste do jeito que tô.

Sem estímulos para tal composto:

País fundado em lama dia-a-dia.

Povo passa uma fome disgramada!

A morte pelo mundo se sente encantada.

Ainda pra completar: Meu coração sem a pessoa amada.

É duro companheiro!

Acordar todo dia nesse quadro.

De qualquer jeito!

Bem lá no fundo, desde o começo,

O povo só vive lascado!!!

Sempre humilde e maltratado.

Irmão negro, escravizado.

Irmão índio, desinculturado.

Gente morre por ter fé.

Não morrendo porque quer.

Mas nesse mundo tão grande.

Ainda bem que surgiu gente de verdade.

Que sempre lutou pela liberdade!

Querendo viver em unidade.

Ah, mais é difícil tornar-se herói.

Só quem tentou sabe como dói.

Mas o tempo cura a ferida.

E dá à vida uma luta que não tá perdida.

Oh, que dor no coração.

Só de lembrar de como sofre meus irmãos.

Ah, vida miserável!

Que ganha com isso, então?

Deus!!!

Responde-me, por favor!

Esse povo já é muito sofredor.

(...)

Pois bem, meu amigo.

Esse canto não é só sofrido.

Mas também de alegria.

Na esperança de um dia.

O mundo todo sorria!

Mas, de quanto, vamo viver!

E esperar tudo isso acontecer.

Não vamo parar de sonhar não!

Tem que avivar a chama do coração.

E saber que todos somos irmãos!

Obs.: poesia feita em 05/08/05