Devoradora.

Quando a noite chega.

E a lua cheia.

Se levanta por trás dos montes.

Há um feitiço no ar.

Sei que ira chegar.

Para iniciar seu ritual.

Janelas trancadas.

Portas fechadas.

Por magia ou encanto.

Um vulto em meu quarto.

Se materializa.

Abusada e exagerada.

Na sua forma de amar.

Só pensa em me devorar.

E por um instante a me observar.

Se preparando para o bote dar.

Então começa a se despir.

Como uma loba selvagem.

Salta sobre mim.

Arranca minhas roupas.

Arranha minha pele.

Suga minha boca.

Com seu corpo quente.

Me incendeia.

Sem nada poder fazer.

Só posso deixar acontecer.

Estou ali imobilizado.

Pelo seu olhar hipnotizado.

Olha meu corpo.

De cima embaixo.

Enfim começa seu ritual.

Fazendo amor total.

Entre gemidos e sussurros.

Durante horas nesse vai e vem.

Um prazer que só ela tem.

Depois de saciar sua sede.

E matar sua fome.

Solta um grande grito.

Como uma loba a uivar.

Um segundo de silêncio.

Como veio vai.

Por encanto ou magia.

Teve seu prazer.

Direitos Reservados Ao Autor

Valentim Eccel

Eccel
Enviado por Eccel em 06/05/2013
Reeditado em 17/09/2022
Código do texto: T4277799
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