Rede social
O indivíduo entra para a eternidade,
Abrindo conta em uma rede social;
Virando escravo de uma vida virtual,
Sem ter um corpo, uma mente de verdade;
Pois ao morrer, transfigurado em saudade,
Vira perfil, dados de uma rede trivial;
Que faz da carne um megapixel irreal,
Embalsamado em pró de uma futilidade;
Após a morte: Buddypocke no Orkut,
Uma mostra do poder da imaginação;
Um personagem em app no Facebook,
Enquanto um corpo apodrece no caixão;
– Na internet a realidade é mero truque,
Na tênue linha entre o desejo e a razão!