RETALHOS DE HUMANIDADE

Como o pano diante do fogo

Somos tragados por línguas de fogo

E certas coisas que acontecem

Queimam profundo o mais íntimo.

E ninguém se “toca daquilo dito”,

Enganam-se achando que a vida só se resume nisto.

E lágrimas quentes banham faces,

Em espasmos indescritíveis de dores.

Talvez mesmo por um sentimento

Sem sentir, tal qual a palavra expressa,

Que maquia esse mundo de ilusão...

Então... a dor! O rancor! O desamor!

Vive-se num mundo de encantos e somos

Constantemente desencantados e desapontados.

Todos nós somos um contra ponto só.

E assim vemos “toda relação jamais sobrevive”

Só de beijos e abraços, que o “amor” decantado,

Não é só línguas em procura de outras.

Mas não nascemos para vivermos sozinhos.

Temos a carência e a necessidade “dos opostos”,

De braços para sermos abraçados, apertados.

Simplesmente, das mãos que buscam... apenas nós!

Claudio Dortas
Enviado por Claudio Dortas em 06/05/2013
Reeditado em 06/05/2013
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