RETALHOS DE HUMANIDADE
Como o pano diante do fogo
Somos tragados por línguas de fogo
E certas coisas que acontecem
Queimam profundo o mais íntimo.
E ninguém se “toca daquilo dito”,
Enganam-se achando que a vida só se resume nisto.
E lágrimas quentes banham faces,
Em espasmos indescritíveis de dores.
Talvez mesmo por um sentimento
Sem sentir, tal qual a palavra expressa,
Que maquia esse mundo de ilusão...
Então... a dor! O rancor! O desamor!
Vive-se num mundo de encantos e somos
Constantemente desencantados e desapontados.
Todos nós somos um contra ponto só.
E assim vemos “toda relação jamais sobrevive”
Só de beijos e abraços, que o “amor” decantado,
Não é só línguas em procura de outras.
Mas não nascemos para vivermos sozinhos.
Temos a carência e a necessidade “dos opostos”,
De braços para sermos abraçados, apertados.
Simplesmente, das mãos que buscam... apenas nós!