NUANCES DO AMOR
(Sócrates Di Lima)

Abro minhas porteiras,
E solto os meus bichos,
Currais e cancelas,
Longe dos meus caprichos.

E o que eu cantava ontem,
desceu a ribanceira,
Assim, dentro de mim não mais tem,
Os cânticos de noites inteiras.

Sento ao redor de mim,
Conveso com meus pensamentos,
E mansamente eles põe fim,
Em antigos sentimentos.

Solto as rédeas dos meus desejos,
Os pássaros dos meus sonhos,
Como noites de trovões e lampejos,
Fim aos meus pesdelos ponho.

Sem meus cânticos,
Me faço mudo,
Pensamntos em pânicos,
Me deixam surdo.

E eu me reivento,
Recrio novas canções,
Renovo meu discernimento,
Divago nas minhas emoções.

Corro meus canteiros,
Vejo flores e sinto odores,
Nos paralelos roteiros,
Que faz-me cheio de penhores.

Então empenho minha alma em nuance,
Na busca de uma doce canção sem fim....
Que faça-me deleitar em transe,
E fazer-me louco e mim.

Tantas vezes ouvi meu coração,
Quantas foram as minhas desvantagens,
Que refletiam em cada canção,
Escritas nas minhas poética montagens.

Então, saio dos meus dissabores,
Não preciso preciso mante-los,
Tomo-me em alinho entre os sem pudores,
e me liberto são, dos meus pesadelos.

Em nuances de um amor, ardo em brasa,
Meu corpo queima no desejo louco,
Mas, sei que sob minha asa,
Liberto a saudade pouco a pouco.







 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 05/05/2013
Reeditado em 06/05/2013
Código do texto: T4275814
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