LONGE DE TUDO

Emoldura-se o silêncio

na aquarela das folhas da noite.

O orvalho é meu amigo,

o companheiro das madrugadas insones.

Toda alma precisa de um banquinho

para descansar as solidões

sob os olhos de cobre do luar.

Árvores também pensam.

E brincam de filosofar sombras tênues

a nos sugerir uma breve pausa nas fadigas do existir.

Leveza é preciso.

E sonhar, absolutamente necessário.

Falta-me, agora, apenas um pássaro de asas bem longas,

para voar esses versos em direção ao infinito.

Lá, bem longe de tudo,

quero chegar.

Onde as sombras da noite se desfazem em pétalas de luz.

(Dedico a HLUNA e DELEY)

José de Castro
Enviado por José de Castro em 05/05/2013
Reeditado em 19/07/2013
Código do texto: T4275808
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