Edge of Darkness
doce luar
a me acariciar
em minha solidão,
em que jazendo aqui
na margem da escuridão
me sinto livre de toda
e qualquer culpa
por me acolher
no frio de minha própria
demora nesse sonho negro.
e por me despertar
à margem da escuridão,
sinto no âmago de meu pesadelo
o ardor de minha glória,
angélico pecado,
a queimar em minha alma
como o frio glacial
em que habito eternamente
a me envolver delicadamente.
ao caminhar por toda
a margem da escuridão,
sinto no ventre o arrepio
de adormecer sempre
ao relento de nunca mais
ter o amor negro
dessas sombras que
me espreitam e abraçam
a cada sono meu.