A MADRUGADA DE MIM
Nas madrugadas da vida
Madrugo em mim
Busco imagens que reflitam o que neste momento sinto, mas
Sinto demais, que pena.
Os apertos da lida me risca, me desenha a alma que sente.
O cansaço me toma
Os cabelos em faltam
A paciência se esvaiu
(a palavra tenta algo...)
Quero, preciso caminhar
Olhar para frente em busca
Seguir a canção sem escutá-la, no entanto seguir
Deixar a vida me tocar de verdade
Olhar o infinito (mesmo que seja o cômodo que habito)
Estar me mim.
Os compromissos já não me cabem
As dúvidas em perseguem
Há um simples passar a mão sobre o cabelo e pensar
Pensar que poderia ter sido assim ou assado
Foi, apenas.
Ou é apenas.
Olhar para o mundo e ver: o mundo
E não entender.
Não cabe a mim entender – hermenêutica de mim...
O que cabe então?
Se só sei o visto.
O coração me dói
As perguntas latejam por respostas
Encontráveis no mundo de mim.
A morte me dirá algo? Trará respostas?
E o que faço agora ?
Fico barroco, apenas?
Ou grito?
A madrugada me chegou calada e escura como é.
Entretanto creio que se assustou ao perceber que mais escuro e calado estava eu
Que habito a madrugada, pois me deixou só.