A MADRUGADA DE MIM

Nas madrugadas da vida

Madrugo em mim

Busco imagens que reflitam o que neste momento sinto, mas

Sinto demais, que pena.

Os apertos da lida me risca, me desenha a alma que sente.

O cansaço me toma

Os cabelos em faltam

A paciência se esvaiu

(a palavra tenta algo...)

Quero, preciso caminhar

Olhar para frente em busca

Seguir a canção sem escutá-la, no entanto seguir

Deixar a vida me tocar de verdade

Olhar o infinito (mesmo que seja o cômodo que habito)

Estar me mim.

Os compromissos já não me cabem

As dúvidas em perseguem

Há um simples passar a mão sobre o cabelo e pensar

Pensar que poderia ter sido assim ou assado

Foi, apenas.

Ou é apenas.

Olhar para o mundo e ver: o mundo

E não entender.

Não cabe a mim entender – hermenêutica de mim...

O que cabe então?

Se só sei o visto.

O coração me dói

As perguntas latejam por respostas

Encontráveis no mundo de mim.

A morte me dirá algo? Trará respostas?

E o que faço agora ?

Fico barroco, apenas?

Ou grito?

A madrugada me chegou calada e escura como é.

Entretanto creio que se assustou ao perceber que mais escuro e calado estava eu

Que habito a madrugada, pois me deixou só.

JAMERSON SILVA
Enviado por JAMERSON SILVA em 05/05/2013
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