Não se espezinha
no anonimato,
a verdade se avizinha
no digital distrato;
Não quero ouvir o som da sua voz,
nem mensagem escrita,
quero sentir a palavra muda
que expressa o nós
na energia do seu olhar que grita;
Vem depressa, por favor,
desnudar o seu olhar no meu olhar
e dizer o porquê transferiu o seu amor
se você ainda continua me amar;
Enquanto espero as cores perdem cores,
e se todas as cores agora são iguais,
sufoquei no peito as dores
silenciando matutinamente os meus ais;
Vem depressa, por favor,
desanuviar essa duvida insistente,
um poeta disse que amor não rima com dor,
mas por que então está sempre presente?

Eu só sei que seu olhar ... Não mente ...


26/03/07
ANDRADE JORGE