a vida cuspindo nas pedras
O meu ato
é o bronze que chora,
é o desejo que sente
de viscerar, de arder;
de ser a pistonisa equilibrista.
abro-me nela:
a bailarina incansável
pedra de sombra
em sua semântica
dispersa, como uma
aquarela de relincho e febre
e meu sangue
versa um mundo em desalento;
na cálida ranhura
do meu corpo
são partos de barbatana ;
a vida se cuspindo nas pedras