a vida cuspindo nas pedras

O meu ato

é o bronze que chora,

é o desejo que sente

de viscerar, de arder;

de ser a pistonisa equilibrista.

abro-me nela:

a bailarina incansável

pedra de sombra

em sua semântica

dispersa, como uma

aquarela de relincho e febre

e meu sangue

versa um mundo em desalento;

na cálida ranhura

do meu corpo

são partos de barbatana ;

a vida se cuspindo nas pedras

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 04/05/2013
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