de ti eu não quero quase nada...

eu te dou

esse flerte ,

o grato limiar da morte

essa gilete na carne;

a laminada fome

da devastada arte de viver;

a fruta madura

de sumo doce e lâguido

eu te oferto, o campo

verde, te oferto a lua e sol

até o limite derradeiro;

e te dou o bruto, o terno,

o aqui e o eterno.

te dou o frio que alucida

mas tambem o fogo que roubei

do inferno;

e de ti, quase nada quero

tua simples alma

alma quero