DUELO

DUELO

E quando os olhos se fixaram...

Não havia perdão!

A dor escancarada expunha a cruel ferida

Que o tempo de uma vida cicatrizar não podia

E os outros olhos fitados também perdão não pediam

Eram vagos, sinistros, opacos

Signos da vida vazia

Assim, nesta cena estranha, sem palco e sem platéia

Dois ódios digladiavam, sem texto, na mesma tragédia

Se, para um tudo perdido

Outro nada tinha a perder

Eram os dois - vultos vencidos

Duas sombras a morrer.

dacosta
Enviado por dacosta em 04/05/2013
Reeditado em 21/06/2013
Código do texto: T4274097
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