TROPEÇO
Por onde andei meus passos se perderam
A chuva veio e apagou todos meus rastros
Meus sentimentos escondidos no silêncio
E as portas do paraíso se fecharam.
Queria tanto viver o Carpe diem
Mas sempre esbarro na ideologia
Hoje eu acabo com meus poucos suprimentos
Mas e amanhã?
A quem pertence o dia?
Nas curvas sempre ponho o pé no freio
Mas eu queria mesmo acelerar
A minha frente um sinal vermelho
Pra me lembrar que é hora de acordar
Parei, mas não parei, sinceramente...
Não quero ver minha mente estacionar.
Portas fechadas, também as janelas
É madrugada e eu sozinho na rua
A lua ao longe só me observa
Enquanto a escuridão se perpetua
Não vejo nada, nem um palmo a frente
Não vejo luz, muito menos saída
Tento gritar, mas já não tenho voz
Tento correr, mas o tempo é veloz
Acabo tropeçando em outra vida.