TROPEÇO

Por onde andei meus passos se perderam

A chuva veio e apagou todos meus rastros

Meus sentimentos escondidos no silêncio

E as portas do paraíso se fecharam.

Queria tanto viver o Carpe diem

Mas sempre esbarro na ideologia

Hoje eu acabo com meus poucos suprimentos

Mas e amanhã?

A quem pertence o dia?

Nas curvas sempre ponho o pé no freio

Mas eu queria mesmo acelerar

A minha frente um sinal vermelho

Pra me lembrar que é hora de acordar

Parei, mas não parei, sinceramente...

Não quero ver minha mente estacionar.

Portas fechadas, também as janelas

É madrugada e eu sozinho na rua

A lua ao longe só me observa

Enquanto a escuridão se perpetua

Não vejo nada, nem um palmo a frente

Não vejo luz, muito menos saída

Tento gritar, mas já não tenho voz

Tento correr, mas o tempo é veloz

Acabo tropeçando em outra vida.

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 04/05/2013
Reeditado em 07/11/2021
Código do texto: T4273656
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