A cor do amor
Boca minha e boca tua
Desejam-se escravas do amor
Língua minha e língua tua
São soltas e indefesas no “exclamor”
Braços meus e braços seus
Apertam-se tal parafuso de aviador
Pernas minhas nas pernas suas
Enlaçam-se como macarrão no escorredor
Vida minha dentro da tua
Planta-se no jardim do lavrador
Tua vida dentro da minha
Colhe-se no jardim do caçador
Vamos vivendo no amor e dissabor
O que não sabemos nem mesmo a cor
Do que chamam de amor