Do fel
Que o que eu sinto não se transforme em madrugada
Pois nas calçadas não durmo mais
Que o gosto amargo se torne azedo
Pois o doce transbordado já não me satisfaz.
Que me torne forte, a minha alma calejada.
Pois minhas mãos sofridas rasga-me o peito
Que de outro jeito não vivi a vida
Amar, amar e afogar-me no conceito.
Veio-me o dia do amar amargo
O liquido salgado que dos olhos caem
A mão tremula que te tocou o rosto
O adeus acenado de um ser que sai
Que todo álcool do mundo me queime
Nesse frio que me abraça neste instante
Que amar porem não seja como antes
Mas, beberia do fel que me deste um dia.