Do fel

Que o que eu sinto não se transforme em madrugada

Pois nas calçadas não durmo mais

Que o gosto amargo se torne azedo

Pois o doce transbordado já não me satisfaz.

Que me torne forte, a minha alma calejada.

Pois minhas mãos sofridas rasga-me o peito

Que de outro jeito não vivi a vida

Amar, amar e afogar-me no conceito.

Veio-me o dia do amar amargo

O liquido salgado que dos olhos caem

A mão tremula que te tocou o rosto

O adeus acenado de um ser que sai

Que todo álcool do mundo me queime

Nesse frio que me abraça neste instante

Que amar porem não seja como antes

Mas, beberia do fel que me deste um dia.

Genival Silva
Enviado por Genival Silva em 04/05/2013
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