DE VÁRIAS FORMAS

No outono a poesia cai das árvores

Formando um tapete de palavras no chão

Que fazem versos e o vento sopra

E alcança o coração do homem

No Outono as palavras caem da árvore

Formando um tapete de versos no chão

Transformando em poesia que o vento sopra

E leva até o coração do homem

No Outono os versos caem da árvore

Fazem um tapete de palavras no chão

Que formam poesia no ar

e chega até o coração do homem

No Outono as palavras formam versos

Que caem da árvore

Cobrindo o chão de poesia

Levadas pelo vento

Pra alcançar o coração do homem

No Outono os versos formam poesia

que espalham as palavras pelo chão

E o vento as junta de novo

dentro do coração do homem

No Outono a poesia vem das palavras

que caíram da árvore ao chão em forma de versos

que chegou ao coração do home

quando espalhados pelo vento

e assim vai...

Num ato contínuo

Continuaria escrevendo

Criando, experimentando

Várias formas de fazer poesia

Basta ouvir o vento

Abrir o coração

Decifrar o que ele sopra

Poesia, palavras, versos

Não precisa ter lógica, nem sentido

Nem métrica, nem ser simétrica

Tem que ser sentida

Nem rima ou sequência

Ser entendida nas entrelinhas

Ou apenas em uma linha

Bater fundo no coração do homem

Fazer a poesia que quiser

que o momento inspirar

Ou nada escrever.

Mas assim, como se transforma o mundo

Na aridez das palavras sem nenhum sentido

Na sizudez de rostos inexpressivos

No medo do contato das mãos que não se tocam

Das bocas fechadas

Das vidas de fachadas

Outras na calçada

E o homem sem poesia

perde a magia

Perde as palavras

que ficam presas na garganta

Que sufocam quem não consegue gritar

Nem alcançar a liberdade

de escrever, de fazer, de viver....

de ser...somente ser.

(Vera Helena)

Vitória/ES -Em 03/05/2013 -

Apenas um Exercício Poético pra driblar insônia

Helena Serena
Enviado por Helena Serena em 04/05/2013
Reeditado em 06/05/2013
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