Pretensões

Quero somente sentar-me num banco de praça

para ler meu jornal. Quero também uma fatia de sol.

Quero com meus olhos cansados procurar o passarinho que canta,

enxergar o magnânime recado de Deus.

Quero a paz. Mas não uma qualquer, dessas fingidas.

Busco as preferidas das manhãs ensolaradas

quando o silêncio da madrugada despede-se

nos cantos dos pássaros.

Que a noite tenha sido das batucadas,

que depois não tenha havido mais nada se não

algazarras. Bêbados gritando e suas risadas.

Quero ao sentar-me ouvir barulho de vento,

de uma brisa mansa que descobre o lençol do encanto

de um dia nascendo.

Quero ler enquanto calado, após um café tomado,

um café preto amargo, pra respostas rápidas.

[Paulo Henrique Frias]

Paulo Henrique Frias
Enviado por Paulo Henrique Frias em 03/05/2013
Código do texto: T4273008
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