Cotidiano Silêncioso
Outrora em mais uma jornada
Já me sinto cansada
Os olhos que me olham, não me vêem
Os ouvidos que me ouvem, não me escutam
As bocas que me falam, não se calam
O que expresso fica comigo, contido
O sorriso que me é dado
rápido é retirado
E o meu que amarelo se mostra
Também fica tímido, desmotivado
A reciprodade recua-se
E mais uma vez, meu desabafo ficou engasgado
A minha angústia ficou desamparada
A ansiedade, espera uma oportunidade
Afinal entre esse atropelo do dia-a-dia
Devido essa correria
O tempo se esgotando
A minha vida, meus problemas vividos
Pelos outros não são assistidos
Apenas peço que nesse cotidiano
Possamos ver, escutar, sentir o outro
Para se perceber
Para se conhecer
Se aprender a arte do CONVIVER.