Sou eu

Sou eu

Sou o meu próprio algoz

Um feitor

Que me pune e castiga

Sou o meu próprio senhor

Um patrão

Que paga com o soldo da vida

Sou eu

Um verbo e um predicado

Ninguém que é alguém

Um ser e a sua essência

O hoje, o amanhã, o ontem.

Sou o meu próprio Deus

Divino

Que me julga e absolve

Sou o meu próprio diabo

Inferno

Que a prato cheio se serve

Sou eu

Uma palavra e um silêncio

O outro e também o “eu”

Aquele que está e sempre

Um Deus, sem deus; ao léu.

Mário Paternostro