Refém

Adentraste pelos meus versos

Não adiantaram meus protestos

És por tua vontade meu refém!

Abriste as portas da minha poesia

Invadiste sem pudor a moradia

Sem dar espaço a mais ninguém.

Vejo-te em meus reflexos

Em pensamentos desconexos

Em tudo que me leva além.

Tantas vezes já te libertei

Foram tantas que já nem sei

Acho que já passaram de cem...

Deixo todas as portas abertas

Dou-te mapa com as saídas certas

Mas, recusas com olhar de desdém.

E então ficas despudoradamente

Trancas as portas novamente

Queres ser para sempre meu refém!

Ane Rose
Enviado por Ane Rose em 03/05/2013
Código do texto: T4271435
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