Tantas ondas,
tantas forças atravessaram o peito,
mudaram o rumo do punho...
 
Tantos crepúsculos arderam 
enquanto a vida escrevia mais um poema...
 
Mas em tuas letras encontrei um pouco de conforto...
e quando nelas, já não me sinto tão só...
Como se compartilhadas fossem
as vozes que gritam mudas, aqui, entre os meus vazios
 
- Talvez se não te sobrassem asas,
as brasas me mantivessem onde a solidão queria -
 
Talvez sejam apenas névoas ocultas entre os olhos, talvez não...
Sei que um sopro acalentador perpassa minha alma em brumas,
e já não sei-me ilha, quando me volto assim, calma e sincera,
e adentro sem medo os mares de tua poesia...





Ao som de: 



Denise Matos
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 02/05/2013
Código do texto: T4270671
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