É manhã de maio... É manhã de maio...
Entre tudo o que penso, Entre os passos que dou,
dentre as coisas que faço, dentre as escolhas que faço,
ouço o trautear dos pássaros, entre o laço do vestido
soprando-me versos amenos e a trança no cabelo,
Penso que é chegada a hora entre os pés no chão
de novamente abrir as asas, e o voo do pensamento,
penso que é chegada a hora entre o frio que me corta,
de soprar as cinzas das brasas, e o verso que valsa no vento
nessa manhã tão calma, - ardo à chama d'um poema... -
já que a saudade não passa... Faço uma prece pequena
E quem sabe um dia eu possa para o suspiro da lida
secar a chuva que encharca Solto os arreios da mente,
essa minha triste vidraça... abro as janelas pra vida.
Denise Matos