-porque há dores que nunca se calam-
fosse a noite a hora
trazendo da eternidade o fim
enquanto enrosco-me
na fímbria dolorida
das palavras
que assomam vida
nesse meu labirinto corpóreo
como uma sina maldita
fosse a noite a hora
deixaria aos pés do poema
-que nunca escrevi-
toda sorte de amores
que um dia meu olhar sorriu
fosse a noite a hora
desafiar-te-ia ao grito cardíaco
de uma fala molhada
de um peito amante
no limiar do precipício
pois fosse a noite a minha hora
levaria todas as vozes
dessas dores que me trucidam
e seria apenas brisa e ais
no recôndito do teu suspiro
-porque há dores, mesmo na morte, que nunca se calam-
Karinna*
fosse a noite a hora
trazendo da eternidade o fim
enquanto enrosco-me
na fímbria dolorida
das palavras
que assomam vida
nesse meu labirinto corpóreo
como uma sina maldita
fosse a noite a hora
deixaria aos pés do poema
-que nunca escrevi-
toda sorte de amores
que um dia meu olhar sorriu
fosse a noite a hora
desafiar-te-ia ao grito cardíaco
de uma fala molhada
de um peito amante
no limiar do precipício
pois fosse a noite a minha hora
levaria todas as vozes
dessas dores que me trucidam
e seria apenas brisa e ais
no recôndito do teu suspiro
-porque há dores, mesmo na morte, que nunca se calam-
Karinna*