PORTÃO DA SAUDADE!
Abri a janela para ver o sol
Teci minha teia de fino lençol
Depois relembrei tuas lindas tranças.
E à noite voltei, a abri-la de novo
Pois talvez eu visse, a quem tanto louvo
E o tempo trouxesse…antigas lembranças!
Abri o meu peito de par em par
Para quem quisesse assim nele entrar
E voltei aos tempos em que joguei ao pião.
Meus lábios sorriram muito ao de leve
Porque o espaço é pouco e o instante breve
Que tanto tormento não cabe…no meu coração!
Soltei as amarras de meros desejos
E senti o gosto daqueles longos beijos
Quando tu ao colo, me acarinhavas.
Por quantas quimeras e sonhos imersos
Eu já tantas vezes, escrevi mil versos
A ti minha MÃE, que sei…que me amavas!
Na essência da vida e no forte cansaço
Quisera eu de volta, ter o teu abraço
Ter-te junto a mim para a eternidade.
Mas a sorte quis que Deus te levasse
E hoje escorreu-me a dor pela face
Voltando a abrir…o portão da saudade!