PORTÃO DA SAUDADE!

Abri a janela para ver o sol

Teci minha teia de fino lençol

Depois relembrei tuas lindas tranças.

E à noite voltei, a abri-la de novo

Pois talvez eu visse, a quem tanto louvo

E o tempo trouxesse…antigas lembranças!

Abri o meu peito de par em par

Para quem quisesse assim nele entrar

E voltei aos tempos em que joguei ao pião.

Meus lábios sorriram muito ao de leve

Porque o espaço é pouco e o instante breve

Que tanto tormento não cabe…no meu coração!

Soltei as amarras de meros desejos

E senti o gosto daqueles longos beijos

Quando tu ao colo, me acarinhavas.

Por quantas quimeras e sonhos imersos

Eu já tantas vezes, escrevi mil versos

A ti minha MÃE, que sei…que me amavas!

Na essência da vida e no forte cansaço

Quisera eu de volta, ter o teu abraço

Ter-te junto a mim para a eternidade.

Mas a sorte quis que Deus te levasse

E hoje escorreu-me a dor pela face

Voltando a abrir…o portão da saudade!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 01/05/2013
Código do texto: T4269056
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