NOS MEUS P'RÓPRIOS BRAÇOS
(Sócrates Di Lima)
Em outros braços eu me refugiei,
Em outros abraços eu me perdi,
Em outros encantos e me enganei,
Mas, nunca me desencontrei de ti.
Em outros ombros eu me deramei,
Por vezes chorei,
E até solucei,
Mas de ti nõ me deencontrei.
Em outro peito pousei minha cabeça,
Para tentar sentir outro calor,
E por mais que eu então mereça,
Não me encontrei em outro amor.
Em noites frias segurei outras mãos
Em outras ruas andei de braços dados,
Em outras praças me sentei até no chão,
Para em outros colos ver outros céus estrelados
Mas nunca me desencontrei de ti,
Nunca deixei de te lembrar,
De nada de nós eu esqueci,
Nem mesmo de tentar me reencontrar.
Em outras bocas eu me perdi em beijos,
Em outros corpos eu me contorci de prazer,
Em outros cantos eu morri de desejos,
Mas de ti nunca pude esquecer.
E foi assim,
Que m outros braços eu me abandonei,
Em outras promessas eu me vi assim,
Em outros sonhos que jamas sonhei.
Foi em tantos outro abraços,
Que eu me penitenciei,
Foi em tantos outros braços,
Que eu até me rejeitei.
E de tanto me multiplicar em outros espaços,
De tanto te procurar e outros abraços,
Resolvi me trancar e sozinho sem embaraços,
Resovi me reencontrar no meus próprios braços.