Poetas Mudos

Besteiras ditas pelas bocas elétricas,

asneiras bandidas, versos e métricas,

buscando a verdade presa na mente,

verdejando a saudade como semente.

Nossa voz ou grito são sinais de vida,

podem não significar plena realidade,

nem queremos assim, serve lealdade,

com os caminhos de partida ou saída.

Nosso silêncio, fim da voz perseguida,

cria todos poemas sem asas coloridas,

sem as doloridas, espinhosas avenidas,

por onde andam sofridos poetas mudos.

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 01/05/2013
Reeditado em 01/05/2013
Código do texto: T4268390
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