Doce saudade
Olho para o seu quarto vazio.
O dia amanhece novamente.
Olho o calendário ao meu lado.
Sinto as férias distantes,
Mas já é quarta-feira,
Começo a preparação
Para sua chegada, no fim de semana.
Dói muito a saudade.
Enfim,mãe é mesmo assim.
Mesmo enfeitando as asas,
Mostrando horizontes,
Para os voos mais distantes,
Quer sempre ter seus filhos
No colo, no ninho.
Quanto egoísmo,hem,mãe?
Que vergonha,mãe tem que entender
Que um filho nunca está ausente
Que o filho sai para buscar
Seus sonho,sua realização,
Viver as lições
Que você,mãe,lhe ensinou.
O ninho nunca se desfaz,
O calor permanece.
A ausência
Não é absoluta,
Não é descuido,
É uma necessidade.
( para meus filhos queridos,Mariana e Thiago,
que estão na luta com os estudos
inspirada pela saudade,sinto-me
aliviada chorando em versos.)