Tempo

Ah! quem me dera

idade rasa ainda tivesse

e em meus anos poucos

ensaiar e construir.

Edificar fortalezas

nada de incertezas

apenas belezas

para me deleitar.

O hoje tão incerto

amanhã não sei...

onde vou estar

tomando champanhe

ou lágrimas a rolar.

Do ontem tanto gosto

mas ele sempre parece...

tao distante!

Tento pegá-lo

com ambas as mãos

mas por mais que meus braços estiquem

ele por entre meus dedos desliza...

implacável!

Sem dó nem pena ele se vai...

ou será... que quem passa somos nós?

ele todo poderoso...eterno!

Oh! como dói.

Tempo tempo tempo...marcas a deixar...

é o outono que chega

chega de mansinho

prá não assustar.

Enquanto isso...

folhas secas a rolar se vão...

e a vida passando se vai...

outras vidas virão

e mais outras, e mais outras...

num contínuo perpetuar.

iranibenderscs
Enviado por iranibenderscs em 01/05/2013
Reeditado em 01/05/2013
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