DO ÚNICO BURRO.
Escalou a montanha
Procurando o olimpo,
O apogeu de criança
Fez-se inimigo.
A verdade são sobras da sombra
Querendo sempre um deserto.
Covardia que me assombra.
Que necessita de hospede voluntário.
O feiticeiro disse o bem da mente.
Então sua águia se fez serpente.
Lutou como nunca, até não haver rosa,
Agressão se faz resposta.
Rindo de si mesmo para parecer agradável.
Agora também se faz um hóspede voluntário.
A palavra; uma camisa de força inquestionável.
Sua cabeça dói e não entende: realidade doente.
Verdade: sobra da sombra que quer hospede.
Hospede: se faz feiticeiro,
Águia: transforma-se em serpente.
Luta: uma camisa de força.
Este é o “kit-roupa”.
Este fim como começo
é o único burro que vejo,
E também o ser mais feio.