Da Propriedade

Se não consegue a felicidade com o que é,

não esperdice essa fé, crendo que conseguiria

ser feliz por um dia (ou por uma vida, até...)

se a alma (de sapé) que sempre esteve vazia

fosse mobiliada, então, com o ouro carnal

(que, na pobre nudez real, veste véu de ilusão)

e erguida uma mansão de instinto animal,

sem uma base moral que lhe desse sustentação!

Não creia na felicidade daquele que só tem!

E não acredite, também, que exista liberdade

quando não se é (da verdade) um passivo refém...

um escravo do bem...um prisioneiro da humildade!

E sobre propriedade, aquela que mais convém

é ser dono de alguém qu'é dono da necessidade.

29-04-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 30/04/2013
Reeditado em 10/12/2015
Código do texto: T4266476
Classificação de conteúdo: seguro